segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sozinha

Sem saber o que dizer
sai por ai
e o vento que soprava em meu rosto
espalhava ainda algumas lágrimas que insistiam em cair
não tinha mais tempo
o tempo envelheceu em mim

Eu tinha que aceitar, ao menos uma vez,
 que havia chegado o momento
e nada do que fosse dito faria mais sentido...
E como num último gesto 
olhei para trás e nada vi além das marcas dos meus passos .

                                          Sílvia Freitas



                                                                     Imagem Paradoxos

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Uma chance

Era uma alegria tão pequena e tão pouca
que  durou apenas o segundo de tempo do encontro do nosso olhar
E meu coração descompassadamente
desejou o infinito daquele instante...

Não foi  nada
nada aconteceu
Mas só o fato de desejar o que poderia ser 
provocou em mim
um novo despertar.

                                            Sílvia Freitas



sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Me perdoo

...navego pelos meus abismos
não tenho mais pressa de chegar
há muito tempo já não me encontro em lugar nenhum
e por aqui residem apenas os meus fantasmas

Ah, esta vontade de partir de mim
de deixar pra lá estes meus vazios sozinhos
mas tenho medo do silêncio
dos gritos sufocados querendo sair...

minha alma precisa de cura
que Deus me proteja de mim...

                               Sílvia Freitas





segunda-feira, 10 de novembro de 2014


                                                                                                       

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Infinitos

Às vezes, penso que você nem desconfia e, por isso não acredita
muito improvável que desconheça....
Mas por comodidade ignora...
que é o pior.
É melhor não se envolver,
tratar à distância
assim não há rastros, vestígios...
Então, o virtual atende muito bem!
Imagens de palcos, luzes e frases emprestadas...
Mas, nada lhe resume ou dá pistas da sua essência.
Você não existe!
É uma criação da minha imaginação...
É verdade existem outros infinitos maiores que os meus...

                                                                                              Sílvia Freitas