domingo, 18 de novembro de 2012
Sem sono
Eu nada sei de mim quando você aparece nos meus pensamentos...
Cansei de acordar de madrugada
com uma vontade danada de te ligar e dizer que você tira meu sono...
Eu sei que não devo, por isso viro para o outro lado
aperto meu travesseiro e fecho os olhos
para voar longe daqui.
Sílvia Freitas
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Me abrace...
Não fale nada...
me abrace,
me beije...eu quero muitos beijos...
um pouco mais...
Agora me cubra de carinho...
Não quero mais sonhar!
Quero sentir você pertinho de mim, bem pertinho
Meu amor....
me abrace,
me beije...eu quero muitos beijos...
um pouco mais...
Agora me cubra de carinho...
Não quero mais sonhar!
Quero sentir você pertinho de mim, bem pertinho
Meu amor....
Sílvia Freitas
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Um pedido
Sinto quando deveria entender...
Mas tenho medo de começar a entender e deixar de sentir o que sinto por você
Então sonho e todos os dias
me surpreendo com seu sorriso, com seu olhar que me acaricia
e me enche de esperanças...
Fecho os olhos e só peço que me rapte
me leve para as estrelas e me faça feliz!
Sílvia Freitas
domingo, 4 de novembro de 2012
Canção da plenitude
Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
abrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.
O texto acima foi extraído do livro "Secreta Mirada", Editora Mandarim - São Paulo, 1997, pág. 151.
Lya Luft
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