" Há pessoas que nos fazem voar. A gente se encontra com elas e leva um bruta susto. Primeiro, porque o vento começa a soprar dentro da gente, e lá, de cantos escondidos de nossas montanhas e florestas internas, aves selvagens começam a bater asas, e a gente não sabia que tais entidades mágicas moravam dentro de nós, e elas nos surpreendem, e nós nos descobrimos mais selvagens, mais bonitos, mais leves, com uma vontade incrível de subir até as alturas, saltando, saltando de penhascos..." Rubem Alves
domingo, 30 de dezembro de 2012
Algumas pessoas
sábado, 29 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Permanência
Tudo permanece como deveria
Nada muda...
Um cansaço desta permanência se anuncia
Tenho em mim apenas a vontade de não ficar
Olho pela janela e tudo me convida
Penso em você e vejo as possibilidades
Mas há uma grade
Apenas uma grade na janela...
Sílvia Freitas
domingo, 9 de dezembro de 2012
Eternidade
...E que esta vontade de ser em você
Se eternize em cada gesto seu
...E que meu corpo
Seja o palco do seu amor acontecendo em mim
...E que seus beijos e seus abraços percorram toda a minha pele
...E que as palavras transformem-se em carinhos para sempre
...E que seus beijos e seus abraços percorram toda a minha pele
...E que as palavras transformem-se em carinhos para sempre
Não demore pra chegar... Não tenho todo o tempo do mundo!
Sílvia Freitas
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Recomeço
Nada se parece com o ontem
Vejo-me revestida com um hoje
Com jeito de domingo, sendo segunda-feira...
E domingo tem aquele gosto de fim
De um prazer que se teve
Só restando o cansaço para o recomeço..
Vejo-me revestida com um hoje
Com jeito de domingo, sendo segunda-feira...
E domingo tem aquele gosto de fim
De um prazer que se teve
Só restando o cansaço para o recomeço..
Talvez me falte o vento, as andorinhas...
Sinto que em você eu me sentia mais
Seja para o amor ou para o ódio...
Triste amanhecer...
Sílvia Freitas
domingo, 18 de novembro de 2012
Sem sono
Eu nada sei de mim quando você aparece nos meus pensamentos...
Cansei de acordar de madrugada
com uma vontade danada de te ligar e dizer que você tira meu sono...
Eu sei que não devo, por isso viro para o outro lado
aperto meu travesseiro e fecho os olhos
para voar longe daqui.
Sílvia Freitas
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Me abrace...
Não fale nada...
me abrace,
me beije...eu quero muitos beijos...
um pouco mais...
Agora me cubra de carinho...
Não quero mais sonhar!
Quero sentir você pertinho de mim, bem pertinho
Meu amor....
me abrace,
me beije...eu quero muitos beijos...
um pouco mais...
Agora me cubra de carinho...
Não quero mais sonhar!
Quero sentir você pertinho de mim, bem pertinho
Meu amor....
Sílvia Freitas
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Um pedido
Sinto quando deveria entender...
Mas tenho medo de começar a entender e deixar de sentir o que sinto por você
Então sonho e todos os dias
me surpreendo com seu sorriso, com seu olhar que me acaricia
e me enche de esperanças...
Fecho os olhos e só peço que me rapte
me leve para as estrelas e me faça feliz!
Sílvia Freitas
domingo, 4 de novembro de 2012
Canção da plenitude
Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
abrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.
O texto acima foi extraído do livro "Secreta Mirada", Editora Mandarim - São Paulo, 1997, pág. 151.
Lya Luft
terça-feira, 16 de outubro de 2012
O vazio
Escolher o vazio
Por alguma razão deixaremos de existir
Cada um irá acender a luz do que ficou perdido
De tudo que ficou esquecido
Mas o que restou ficará tatuado em mim
Em alguma parte de mim... Será lembrado.
"...Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braços meu pecado de pensar." Clarice Lispector.
Sílvia Freitas
sábado, 6 de outubro de 2012
Fim da brincadeira
Não era para ser assim...
Tudo parecia ser uma grande brincadeira
Os sorrisos escondidos, os olhares roubados
As coincidências que nos confundiam com o destino
Provocando alguns desatinos
Mas de repente algo começou a mudar
Comecei a evitar as brincadeiras
Elas realmente estavam me deixando confusa ...
O que era tudo aquilo
Aquele sorriso, aquele olhar, aquelas coincidências...
Você era real ali na minha frente
O meu coração pulsava tão rápido
Meus pensamentos perdiam o nexo, ficavam congelados
Tudo perdia a importância ao meu redor
E eu só queria ter você ali ao alcance das minhas mãos...
Como se estivesse a espera da palavra que nos levaria para longe, muito longe dali...
Não era para ser assim...
Não pude evitar você nos meus pensamentos
A brincadeira acabou... Comecei a sonhar com você todos os dias...
Sílvia Freitas
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Surpresas do dia
Existia algo mais refletido ali... Não era uma imagem / miragem.
Eu podia sentir o perfume que o vento trazia...
Você parado me olhando
Meu corpo estremeceu
Meu coração disparou
O seu sorriso
Ah, o seu sorriso
Me fazia dançar com a música
Dos sinos que vinham ao longe...
Eu disse sinos?!
Sílvia Freitas
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Desejo
Nestes dias
quando tudo parece silenciarouço uma voz me chamar
arrisco-me de longe
e o desejo de pular toma conta dos meus sentidos
fecho os olhos e espero não despertar
deste amor que teima em me arrastar...
Sílvia Freitas
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Ocaso
Novamente um novo poente começa a surgir
Ele já traz o nome do cansaço
Um princípio com fim determinado
Nada mais poderá ser sentido
As palavras serão levadas ao vento
Pois já aprendi a caminhar nas tempestades.
Que venha o dia
Que o sol brinque na minha pele
E que o azul do céu encha o meu coração de sonhos.
Aprendi a deixar o perfume nos espinhos
Porque sei que a força do vento levará o que restou de mim.
Sílvia Freitas
Pois já aprendi a caminhar nas tempestades.
Que venha o dia
Que o sol brinque na minha pele
E que o azul do céu encha o meu coração de sonhos.
Aprendi a deixar o perfume nos espinhos
Porque sei que a força do vento levará o que restou de mim.
Sílvia Freitas
segunda-feira, 23 de julho de 2012
A fotografia
... E naquela fotografia você surgia
Meus olhos ficaram paralisados com seu rosto
A sua imagem enigmática
me confundia
O seu sorriso me mostrava apenas uma intenção de ter-me
Mas faltava-lhe o desejo de me possuir
Embora linda
a expressão não me trazia de volta
Sim você era apenas um momento adormecido na minha memória.
Sílvia Freitas
quarta-feira, 18 de julho de 2012
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís de Camões
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Liberdade
Seria tão simples se não fosse tão complexo.
Você torna-se prisioneiro das suas escolhas!
Ah como eu queria poetizar este caminho que preciso seguir
Talvez as rimas, as metáforas enganassem o que me espera
Mas a água translúcida e fria não me permitiria blefes
Eu sou assim!
Só tenho o meu sentimento como marca.
Sílvia Freitas
terça-feira, 3 de julho de 2012
Meus sonhos
Eu queria organizar meu coração
mas eu não consigo
é mais forte do que minha razão
É sempre assim:
amor demais, paixão infinita
raiva de morrer
Será que com a maturidade conseguirei
arrumar tudo direitinho nos seus devidos lugares?
O que é vida aqui, o que for sonho lá e o que for delírio...
Ah, deixa vir...
Sílvia Freitas
mas eu não consigo
é mais forte do que minha razão
É sempre assim:
amor demais, paixão infinita
raiva de morrer
Será que com a maturidade conseguirei
arrumar tudo direitinho nos seus devidos lugares?
O que é vida aqui, o que for sonho lá e o que for delírio...
Ah, deixa vir...
Sílvia Freitas
domingo, 3 de junho de 2012
Só você
Podia ser só amizade,
paixão, carinho, admiração, respeito,
ternura, tesão...
Com tantos sentimentos arrumados, cuidadosamente, na prateleira de cima...
tinha de ser justo amor, meu Deus?
Caio Fernando Abreu
paixão, carinho, admiração, respeito,
ternura, tesão...
Com tantos sentimentos arrumados, cuidadosamente, na prateleira de cima...
tinha de ser justo amor, meu Deus?
Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Doce viver
O doce sabor da liberdade invade minha alma, acalma meu coração...
Envolta pelas espumas das ondas do mar,
pelo sol que aquece a minha pele
Sinto a vida pulsar (e me chamar)
E mesmo assim, muitas vezes, nadando contra a correnteza
Sinto que aqui, no meio do infinito
em pleno contato com o universo
a minha alma me conduz à minha liberdade
E nada vai me tirar o prazer de mergulhar na magia de viver!
Sílvia Freitas
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Sem você
E quando toda a lágrima for derramada
e não sobrar nem um pouco de você dentro de mim
(os espaços estarão ocupados dos sonhos que tive)
Estarei pronta
A minha solidão não terá mais medo
do seu olhar
e não direi mais nada
apenas seguirei
com o coração partido
da palavra que nunca foi dita...
Sílvia Freitas
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Delicadeza
Eu sei
mas não está sendo fácil
porque eu sou de um tempo
da delicadeza
da carta embaixo da porta
da música por telefone
do bilhetinho dentro do livro
do perfume na carta
da caminhada na praia
chutando as espumas das ondas
da chuva molhando minha mão pela janela
do abraço apertado
e do ferrinho depois de um longo beijo...
E saber que você ainda me ama
mesmo assim...
Não quero me acostumar a este tempo
prefiro ficar sozinha.
Silvia Freitas
quarta-feira, 18 de abril de 2012
A janela
Estou assim
só um pouco deste jeito
de quem não sabe como re/começar
só um pouco deste jeito
de quem não sabe como re/começar
talvez distraída
olhando pela janela a espera
sabe lá Deus do quê...
Quem dera você resolvesse me surpreender
trazendo um punhado de girassóis
Um sorriso estampado no rosto
E me tomar nos braços com um beijo roubado
mesmo sabendo que se pedisse...
ele seria dado.
Mas as coisas não são assim
Simples desse jeito
Temos o terrível prazer em complicar
Eu tento mudar para ser diferente
Mas eu não consigo
Eu só sei ser assim... igual a mim.
É isso...
É melhor fechar a janela
está com cara de quem vai chover...
olhando pela janela a espera
sabe lá Deus do quê...
Quem dera você resolvesse me surpreender
trazendo um punhado de girassóis
Um sorriso estampado no rosto
E me tomar nos braços com um beijo roubado
mesmo sabendo que se pedisse...
ele seria dado.
Mas as coisas não são assim
Simples desse jeito
Temos o terrível prazer em complicar
Eu tento mudar para ser diferente
Mas eu não consigo
Eu só sei ser assim... igual a mim.
É isso...
É melhor fechar a janela
está com cara de quem vai chover...
Sílvia Freitas
sábado, 31 de março de 2012
Descobertas
"Eu não estou me reconhecendo,
mas estou me observando.
Não estou alegre como de costume,
mas também não estou triste.
Contemplar o coração também é uma estrada
que deve dar em algum lugar melhor."
Denise Portes
segunda-feira, 12 de março de 2012
Meu coração
Doar-se
Dar-se sem dor ao amor
O Amor que não cansa
Que cuida mesmo de longe e pouquinho
Só para não faltar o carinho
Só para não perder a cor
Dar-se sem medo de perder
Do que escorre pelos dedos
Da liberdade de voar
Mesmo que em pensamento
Do sonho sonhado
Do beijo desejado
Do coração enfraquecido
Sem coragem para segurar
Só para não voar
É um querer aquietar
Só para guardar
você
Para sempre dentro de mim.
Sílvia Freitas
Sílvia Freitas
domingo, 4 de março de 2012
Minha Imagem
Hoje me olhei no espelho e me vi assim, diferente...
A imagem refletida já não tinha a mesma luz de antes
Alguns cabelos brancos (talvez, eles já estivessem ali, mas eram prateados)
Um olhar distante de quem perdeu algo e não sabe aonde
Vi também sonhos esquecidos, talvez adormecidos...
Lembranças de alguns amores (perdidos, vividos, acalentados)
De repente uma lágrima escorreu lentamente no meu rosto
E eu percebi (pelo rastro deixado) as marcas que o tempo havia deixado
no meu corpo, na minha alma, na minha vida...
Acho que estou aprendendo
Quando a gente aprende, dói menos... (eu acho).
Sílvia Freitas
domingo, 19 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Só você...
você chega de repente
invade meus pensamentos
estremece minha alma
fico sem ar
o coração quer parar
mas a cabeça não consegue aceitar
o abismo que foi criado por nós
perdemos nossos desejos
esquecemos nossos sonhos
já não conseguimos mais nem pronunciar nossos nomes
e o mel já não traz o doce
da sua boca
e a solidão
ainda é minha companheira
talvez minhas mãos nunca mais alcancem as suas...
talvez o tempo já seja um anti-tempo...
talvez o amor já tenha deixado de ser amor...
Sílvia Freitas
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Paixão
De onde estou
sinto que meus olhos se perderam
e uma lágrima seca escorre por conhecidos caminhos
que molham cada espaço do meu rosto
não existe dor
é só um vazio instalado dentro de mim
de um querer sem tempo
sem pressa
quase um fechar de porta
e sei que para trás ficará apenas
a palavra não dita.
Sílvia Freitas
sinto que meus olhos se perderam
e uma lágrima seca escorre por conhecidos caminhos
que molham cada espaço do meu rosto
não existe dor
é só um vazio instalado dentro de mim
de um querer sem tempo
sem pressa
quase um fechar de porta
e sei que para trás ficará apenas
a palavra não dita.
Sílvia Freitas
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Um Presente
Abri minha janela
e um novo sol me iluminou.
Então as andorinhas cantaram, o vento aqueceu a minha pele,
e meus olhos ouviram músicas nas suas palavras...
Você tem cheiro de jasmim,
e surpreende-me com seus presentes:
as estrelas, a poesia, o barulho do mar
Ah e seus abraços...
Me levam para onde meus braços não conseguem alcançar...
E pensar que os seus passos sempre estiveram
marcados no meu caminho...
Sílvia Freitas
domingo, 15 de janeiro de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
O encontro
Nas horas em que percorro
a espera do encontro
não sei o que me faz mais falta
Sinto apenas que
o ar, o olhar, a luz, o azul...
já não amanhecem da mesma forma na minha janela
Das lembranças que se desenham
todas as noites nos meus sonhos
apenas uma me amedronta
apenas ela alimenta
o que preciso esquecer....
Eu sei que as repostas não me servem de nada
porque tudo já foi dito / vivido / sonhado
Por isso
espero apenas a hora
do encontro
A hora das nossas verdades
e aquilo que conseguimos guardar...
Sílvia Freitas
a espera do encontro
não sei o que me faz mais falta
Sinto apenas que
o ar, o olhar, a luz, o azul...
já não amanhecem da mesma forma na minha janela
Das lembranças que se desenham
todas as noites nos meus sonhos
apenas uma me amedronta
apenas ela alimenta
o que preciso esquecer....
Eu sei que as repostas não me servem de nada
porque tudo já foi dito / vivido / sonhado
Por isso
espero apenas a hora
do encontro
A hora das nossas verdades
e aquilo que conseguimos guardar...
Sílvia Freitas
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Me chama...
Tudo parece calmo
O silêncio tem o peso da palavra não dita
E meus olhos ainda procuram, em vão, um lugar para descansá-los
(ah, que bom se fossem nos seus)...
Caminho nos meus pensamentos e me perco entre os girassóis
Ah! Como é doce o som da sua voz pronunciando meu nome...
E as suas mãos são ninhos para minha saudade
Ouve!? O meu coração tem pressa
Ele bate sem parar só em pensar em ter você para amar...
Alguém está me chamando (preciso acordar)!
Talvez seja melhor não esperar
Ou talvez já seja tarde...
Sílvia Freitas
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